quarta-feira, 16 de julho de 2008

Mapa Astral

"Você é pessoa bastante reservada a respeito do que verdadeiramente acha e sente e tem dificuldade para manifestar-se abertamente. Você costuma lutar contra seu próprio subconsciente e ter problemas de comunicação com as pessoas mais chegadas."

"Sua atividade é tenaz, mas flutua muito de intensidade devido a oscilação de seus estados emocionais. Você gosta muito da segurança proporcionada pelo dinheiro, mas não de ter que competir. Sente-se impelido a proteger as pessoas que gosta."

"Sua intensidade emocional, sensibilidade em relação ao meio-ambiente e curiosidade por tudo que ainda não foi revelado, impulsionam-no a penetrar, profunda e, ás vezes, implacavelmente nos mistérios da vida."

"Possui aptidões para a política, direito, esportes e administração publica mas com propósitos reformistas."

"Você também é bastante parcial, imprudente, inconstante e tende a viajar e a comer em demasia."

"Sua forte imaginação combinada com sua grande receptividade psíquica fazem com que você prefira viver no mundo da fantasia. Suas ambições não correspondem a realidade e sua fraqueza emocional pode levar-lhe a buscar refúgio na bebida. Precisa estar em contato com pessoas mais práticas e com projetos mais consistentes sob a perspectiva material para conseguir mais sucesso e êxito na vida."

terça-feira, 15 de julho de 2008

O vendedor ambulante de beira de praia tem aquele olhar clínico, que identifica o turista a distância. Tá, os turistas e suas peles claras, vermelhas pelo sol carioca, as bermudas caqui e as caras deslumbradas não são muito difícieis de serem confundidos, mas de qualquer maneira, quando o vendedor ambulante o identifica, o pobre coitado estrangeiro não tem mais sossego!
Em questão de meia hora, o turista com cara de americano/inglês/alemão, sentado ao lado de uma prostituta do calçadão (pra que sermos simpáticos? todos sabemos a profissão da indivídua), foi importunado por uns 5 ambulantes, que lhe ofereceram bijouterias, copos de chopp que parecem estar cheios quando não estão, bonés, e até um grupo de pagode inoportuno.
Ele pacientemente olhava todos os objetos, falava com os ambulantes, a mulher perguntava o preço, mas pelo que pude ver não comprou nada. O último vendedor foi o dos bonés, que queria cobrar a absurda quantia de R$20 por um bné horroroso escrito Copacabana, que você encontra a menos de R$5 na Uruguaiana. Depois da mulher dizer que o gringo só tinha R$10, inclusive oferecendo ao vendedor que olhasse a carteira dele, o ambulante continua insistindo e diz que faz por R$15 ("fifteen", o homem disse). Eles continuaram negando, a mulher dizendo que pagava R$10, o ambulante dizendo que não, ela respondendo que ele não quer vender, aí eles levantam pra ir embora, e o homem continua importunando. Até que ele resolve fazer por R$10 + um refrigerante. Isso mesmo, ele pediu que o gringo pagasse um refri pra ele. O gringo trouxa ainda experimentou o boné, mas segundo ele ficou pequeno, disse que não queria e foi embora com a "trabalhadora do calçadão".
Daí vem a parte irônica. O ambulante desdentado vira pra minha pessoa e diz: "Você vê, cheio da grana e fica de sacanagem pra não comprar nada, né?"
Minha resposta: "Você que é um abusado, fica enchendo o saco dos turistas com essas porcarias. Você e todos os vendedores abusados, que não deixam os turistas em paz"
O indivíduo me olha de cara feia e vai embora.
Vê se pode! Virar para mim e achar que eu vou concordar com aquilo. E quem disse que o homem é cheio da grana? Oi? Ele veio pro Brasil?
Não entendo esses turistas também... Que sol, calor, praia? Vai pro Hawaii, pra Austrália. Eles preferem se perder em país de 3º mundo.
Ainda vou lançar meu livro, How To Survive In The Brazillian Jungle: A Guide For Tourists, abrir um kioske no calçadão de Copacabana, e alertar esses pobres coitados, porque paree que ninguém faz isso...

sábado, 12 de julho de 2008

Once Upon A Time...

There was a beautiful horse

Brincadeira. É que simplesmente não dá pra alguém que estudou no CCAA ouvir a frase título e não completar imediatamente com a história do belo cavalo.
Mas esse post simplesmente nada tem a ver com isso.
Pensando bem, também não é uma história que eu vou contar pra começar com "once upon a time".
Tudo bem, eu quis começar assim, então me deixa =P
Talvez seja porque antigamente as coisas eram diferentes, mas não entremos nesse mérito.
A verdade é que eu estou me sentindo meio "out of this world", but not in a good way.
Sabe quando você acha que não pertence a lugar nenhum?
Não é aquela história de "eu odeio o Brasil, bla bla bla Whiskas Sache", porque essa é velha e todo mundo já sabe.
O problema é que eu me sinto diferente. Diferente das pessoas normais, sei lá.
Sim, ser diferente é legal, no fundo ninguém é normal, tá, mas não é simples assim.
Eu simplesmente não me encaixo nessa sociedade jovem liberal que acha normal sair e beijar qualquer um, mais de um. Eu não gosto. Eu não sou assim. E queria que as pessoas me respeitassem desse jeito.
Sim, eu sou chata, exigente, antipática, por isso que eu to solteira, eu sei que príncipe encantado não existe, que namorado não vai cair do céu, que se eu não deixar que as pessoas me conheçam, eu não vou conhecer ninguém, eu já sei disso tudo.
Mas não é por isso que eu tenho que achar legal ter um monte de desconhecido me puxando pela cintura pra me dar um beijo na boca, pra depois virar as costas e ir embora.
Não são todos assim, vocês vão dizer, mas também irão concordar que é a grande maioria. Conheço pessoas sim que conheceram o namorado na "night", super sorte a delas.
Continuo não gostando de pessoas me agarrando, vou continuar dando cotoveladas, enfiando as unhas e agredindo. E se não gostou, vai apanhar.
Sim, porque eu sou violenta e vou continuar asssim, até me baterem de volta, ou como me dizem, até eu levar um tiro na cara.
Eu não entendo o mundo, não entendo as pessoas, realmente eu sinto que não pertenço a isso aqui.

Continuo querendo dar umas sumidas, desaparecer por uns tempos. Sabe quando você tá de saco cheio de tudo e de todo mundo?
Não to afim de olhar pra cara de ninguém. Ninguém mesmo, sem exceção.
E a experiência Moulin Rouge continua doendo muito dentro de mim. Acho que to precisando rever minhas prioridades.
E o pior é querer falar com alguem e não ter. Porque tudo se desfaz de formas idiotas. E isso acaba comigo. E as coisas ficam presas de uma forma que sufoca, mas eu não consigo fazer nada diferente.

Me sentindo tão insignificante, tão descartável, tão esquecível.

E o futuro continua incerto. O próximo e o distante. E eu queria uma vida diferente.